BULLYNG




Da brincadeira à humilhação. O maior vilão das escolas têm causas inexplicáveis e consequências arrasadoras




O bullying é um termo ainda pouco conhecido do grande público. De origem inglesa (bully = "valentão"), é utilizado para qualificar comportamentos agressivos no âmbito escolar, praticados tanto por meninos quanto por meninas. Os atos de violência (física ou não) ocorrem de forma intencional e repetitiva contra um ou mais alunos que se encontram impossibilitados de fazer frente às agressões sofridas. Tais comportamentos não apresentam motivações específicas ou justificáveis, no qual os “ mais fortes” utilizam os mais frágeis como meros objetos de diversão, prazer e poder, com o intuito de maltratar, intimidar, humilhar e amedrontar suas vítimas.
Os bullies (agressores) escolhem pessoas que estão em franca desigualdade de poder, seja por situação socioeconômica, situação de idade, de porte físico ou até porque numericamente estão desfavoráveis. Além disso, as vítimas, de forma geral, já apresentam algo que destoa do grupo (são tímidas, introspectivas, nerds, muito magras; são de credo, raça ou orientação sexual diferente etc.).
Este fato por si só já as torna pessoas com baixa autoestima e, portanto, são mais vulneráveis aos ofensores. Não há justificativas plausíveis para a escolha, mas certamente os alvos são aqueles que não conseguem fazer frente às agressões sofridas.
As consequências para as vítimas de bullying são as mais variadas possíveis e dependem muito de cada indivíduo, da sua estrutura, de vivências, de predisposição genética, da forma e da intensidade das agressões. No entanto, todas as vítimas, sem exceção, sofrem com os ataques de bullying (em maior ou menor proporção). Muitas levarão marcas profundas provenientes das agressões para a vida adulta, e necessitarão de apoio psiquiátrico e/ou psicológico para a superação do problema.
Os problemas mais comuns são: desinteresse pela escola ou trabalho; problemas psicossomáticos; problemas comportamentais e psíquicos como transtorno do pânico, depressão, anorexia e bulimia, fobia escolar, fobia social, ansiedade generalizada, entre outros. O bullying também
pode agravar problemas preexistentes, devido ao tempo prolongado de estresse a que a vítima é submetida. Em casos mais graves, podem-se observar quadros de esquizofrenia, homicídio e suicídio.

As formas de bullying são:

• Verbal (insultar, ofender, falar mal, colocar apelidos pejorativos, “zoar”)

• Física e material (bater, empurrar, beliscar, roubar, furtar ou destruir pertences da vítima)

• Psicológica e moral (humilhar, excluir, discriminar, chantagear, intimidar, difamar)

• Sexual (abusar, violentar, assediar, insinuar)

• Virtual ou Ciberbullying (bullying realizado por meio de ferramentas tecnológicas:
celulares, filmadoras, internet etc.)



fonte: www.cnj.jus.br

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